Breve histórico da Engenharia Ambiental
O aparecimento de leis ambientais mais rígidas a partir dos anos 70, nos Estados Unidos e na Comunidade Econômica Europeia, fez com que uma nova indústria fosse criada para sanar os impropérios ambientais gerados ao longo de décadas pela indústria, agricultura e municipalidades. A partir dos anos 80, o foco das atenções foi direcionado para a minimização dos passivos ambientais. Dentro deste contexto, surgiu a necessidade de profissionais capacitados a avaliar, diagnosticar e estimar o legado das más práticas de gerenciamento de resíduos e utilização de produtos perigosos que levaram a contaminação do meio físico. Ao passo que as avaliações foram sendo conduzidas e os resultados mostraram-se catastróficos, nasceu a necessidade de remediar o meio físico, posto que recuperá-lo já não era mais possível.
A avaliação, o diagnóstico e a estimativa dos passivos ambientais foram conduzidos por profissionais das mais diversas especialidades, cada qual trabalhando em seu metier e integrando os seus achados em um único produto. Porém, para a etapa seguinte, a remediação, o mercado sentiu a falta de um profissional com uma visão ampla e integrada que fosse capaz de propor e executar ações que visassem a minimizar as concentrações de produtos perigosos no meio físico. Este profissional era difícil de ser recrutado no mercado, dada a profunda necessidade de especialização ocorrida no decorrer nas décadas de 70 e 80, que privou de muitos o caráter generalista e integrador.
Embora a interdisciplinaridade funcionasse a contento neste período, as aplicações eram de certa forma estanques dada à falta de um profissional integrador. A baixa eficiência aliada ao excessivo espaço de tempo, e consequentemente ao seu custo, fez com que a indústria recorresse à academia, em busca de métodos alternativos. Ao se deparar com este novo problema, a academia compreendeu que não bastava a interdisciplinaridade, mas sim de um novo profissional com uma visão ampla e integrada do problema.
Deu-se, então, o início da formação do engenheiro ambiental moderno. Moderno refere-se, primeiramente, à contraposição ao engenheiro sanitarista, com formação mais devotada ao saneamento ambiental e, mais recentemente, às diversas ênfases em meio ambiente que foram criadas nas diferentes modalidades de engenharia. A estruturação da profissão culminou com o seu crescimento no mercado. Segundo a revista “Fortune”, a Engenharia Ambiental foi a profissão que mais cresceu nos Estados Unidos na década de90. Amesma revista sugere que a Engenharia Ambiental continuará a ser uma das profissões mais promissoras do início deste milênio.
Já o surgimento da engenharia ambiental no Brasil se espelhou na prática vigente nos Estados Unidos e na Comunidade Econômica Europeia. O primeiro curso de Engenharia Ambiental surgiu apenas em 1992 na Universidade Federal de Tocantins, ainda muito focado na realidade regional. A modalidade surgiu através da portaria 1.693 do Ministério da Educação, de 5 de dezembro de 1994. Houve um hiato de cerca de 6 anos até que o órgão regulador da categoria, o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA), em sua resolução 447 de 22 de setembro de 2000, definisse as atribuições do Engenheiro Ambiental, habilitando, assim, os profissionais formados ao exercício da profissão.
O profissional de engenharia ambiental tem sólida base científica e ampla cultura, um caráter empreendedor, capaz de solucionar problemas, inclusive com a criação de novas tecnologias, apto a trabalhar em equipe, atuando sempre de maneira ética e zelando pelo interesse social. Possui uma visão integrada das dimensões ecológicas, sociais, econômicas e tecnológicas, ou seja, uma visão holística da relação entre meio ambiente, desenvolvimento e sociedade, com o intuito de promover um desenvolvimento equilibrado e sustentado, privilegiando a prevenção ou sanando e minimizando os danos ao ambiente.
Nos últimos vinte anos, houve uma disseminação de cursos de Engenharia Ambiental nas mais diversas regiões do país. Atualmente, existe cerca de 250 cursos, o que possibilitou a formação de mais de 12.000 profissionais registrados no Sistema CONFEA/CREA/MÚTUA, os quais contam com o trabalho de uma Associação Nacional e 15 regionais integradas para a defesa e fortalecimento da nossa categoria profissional, com 14 conselheiros e representação na diretoria do nosso Sistema, além de presença nos diversos órgãos ambientais, comitês de bacias e em fortes setores da economia do nosso país.
Com informações da Associação Nacional Dos Engenheiros Ambientais
(http://aneam.org.br/noticias/destaque/1350-dia-do-engenheiro-ambiental)
Horário: 8h às 14h
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