A Engenharia consiste em estudos, projetos, análises, avaliações, vistorias, perícias, pareceres, divulgação técnica, produção técnica especializada, direção e execução de obras e serviços técnicos referentes ao aproveitamento e utilização de recursos naturais, meios de locomoção e comunicações; edificações, serviços e equipamentos urbanos, rurais e regionais, nos seus aspectos técnicos; instalações e meios de acesso a costas, cursos e massas de água e extensões terrestres; desenvolvimento industrial e agropecuário. Além de envolver uma gama de conhecimentos especializados, utilizando conhecimentos de matemática e física de nível superior, que contempla o Cálculo Diferencial e Integral, Equações Diferenciais Ordinárias e Parciais, Variáveis Complexas, Análise Vetorial, Análise de Fourier, Processos Estocásticos, Mecânica (Estática e Dinâmica), Gravitação, Ondas, Termodinâmica, Eletromagnetismo, Óptica (Geométrica e Física) e Física Moderna.
O Brasil não valoriza a sua Engenharia, e não tem a real dimensão da complexidade e diversidade dessa atividade profissional, e nem da sua importância para o desenvolvimento e inserção mundial do país em um mundo cada vez mais digital. A Engenharia envolve diversas modalidades, pois temos o Engenheiro Ambiental, Engenheiro Civil, Engenheiro Militar, Engenheiro Sanitarista, Engenheiro Hídrico, Engenheiro de Transporte, Engenheiro Ferroviário e de Logística, Engenheiro Ferroviário e Metroviário, Engenheiro de Computação, Engenheiro de Telecomunicações, Engenheiro de Controle e Automação, Engenheiro Eletricista, Engenheiro em Eletrônica, Engenheiro Biomédico, Engenheiro de Energia, Engenheiro de Software, Engenheiro Aeronáutico, Engenheiro Mecânico, Engenheiro de Produção, Engenheiro Metalurgista, Engenheiro Naval, Engenheiro Acústico, Engenheiro Aeroespacial, Engenheiro Mecatrônico, Engenheiro de Alimentos, Engenheiro de Materiais, Engenheiro Químico, Engenheiro de Petróleo, Engenheiro Bioquímico, Engenheiro Nuclear, Engenheiro de Bioprocessos e Biotecnologia, Engenheiro de Minas, Engenheiro Geólogo, Engenheiro Agrimensor, Engenheiro Cartógrafo, Engenheiro Agrícola, Engenheiro Agrônomo, Engenheiro de Pesca, Engenheiro Florestal, Engenheiro de Saúde e Segurança do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho e demais profissionais que constam da Tabela de Títulos Profissionais do Sistema CONFEA/CREA ( Resolução CONFEA nº 473/2002, última atualização 17/12/2021), todos transformando o mundo através do seu trabalho e melhorando a qualidade de vida.
Assim, prédios, estradas, barragens, pontes, sistemas de transporte, sistemas de telecomunicações, indústrias de equipamentos eletrônicos, satélites, automóveis, aviões, foguetes, usinas nucleares, agricultura, sistemas de refrigeração e ar condicionados, robôs, internet, energia elétrica, mineração, agronegócio, eletricidade, internet, indústria química e petroquímica e de alimentos; produtos químicos; tratamento de água e instalações de tratamento de água industrial e de rejeitos industriais, administração, gestão e ordenamento ambientais e ao monitoramento e mitigação de impactos ambientais, avaliação e exploração de jazidas petrolíferas, transporte e industrialização do petróleo etc., nada disso seria possível sem a presença do Engenheiro. Mas, afinal o que faz o Engenheiro? O Engenheiro projeta e executa, com base em cálculos matemáticos, as mudanças e transformações do mundo moderno.
As normas técnicas da Engenharia envolvem Resoluções das agências reguladoras, Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Previdência, normas da ABNT e normas internacionais, e tudo em constante mudança e atualização. E o Brasil? O Brasil tem um problema crônico de formação de recursos humanos, onde a falta de uma boa formação no ensino médio de Matemática e Física aumenta a retenção e evasão dos alunos em Engenharia, e para reverter isso deve-se ter um amplo investimento no ensino fundamental, melhorando a formação básica em Matemática e Física e assim reduzindo a evasão e retenção nos cursos de Engenharia, e investir pesadamente nos programas de pós-graduação stricto sensu (Mestrado e Doutorado) das Engenharias e dos Centros de Pesquisa. A Lei de Inovação (Lei 10.973/2004) deve ser revista também, para que se tomem medidas efetivas que promovam o desenvolvimento do Brasil. As universidades e cursos de Engenharia têm que se aproximar das indústrias. A graduação para ter profissionais mais bem preparados, reduzindo os custos de treinamentos das empresas e a pós-graduação para poder aumentar a inovação e a transferência de tecnologia. As patentes criadas nas universidades devem ser transferidas para as empresas, colocando definitivamente o Brasil como uma nação independente, do ponto de vista tecnológico. As medidas tomadas farão com que o Brasil deixe ser o país do futuro, para ser o país do presente.
Por Eng. Eletric. Rogerio Moreira Lima
Coord. C.E.E.E./CREA-MA e C.E.A.P./CREA-MA
Membro Colaborador da AMC
Diretor de Inovação da ABTELECOM
Professor da UEMA
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