Cerca de 200 profissionais entre engenheiros, arquitetos, vindos de todas as regiões do país, representantes de condomínios, do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais (Secovi), do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) e da Caixa Econômica Federal (CEF), participam hoje, 16/04, do II Seminário Nacional de Engenharia de Avaliações, promovido pelo Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (Ibape), com um conjunto de apoiadores, entre eles, a Caixa de Assistência Mútua e o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea).
José Urbano Duarte, vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal, falando sobre o setor imobiliário e o mercado de trabalho de avaliações e perícias, abriu a programação. Para ele, a área de avaliações e perícias está crescendo e tem perspectivas cada vez mais amplas se considerado o desenvolvimento do mercado imobiliário, recente no Brasil e que vem se consolidando nos últimos oito anos. Segundo Urbano: “o Brasil há cerca de 8 anos nem tinha um mercado imobiliário, embora a maioria dos brasileiros precise de financiamento. Até 2004, 2005, a participação do setor no PIB girava em torno de 1%. Hoje alcança 8,4%, enquanto outros países chegam a 10% do PIB. O vice-presidente de Habitação da CEF diz que o crescimento do setor é ocasionado pela demanda: “Em 2013 os financiamentos habitacionais somaram R$ 135 bilhões , contra os R$ 5 bilhões de 2003”, destacou Urbano demonstrando os avanços da politica nacional de habitação. A contratação de engenheiros e arquitetos pela CEF também foi abordada por Urbano: “só perdemos para a Petrobras e, mesmo assim, contamos com mais quatro mil empresas parceiras que nos ajudam”.
Investidor estrangeiro
Presente à cerimônia de abertura, Márcia Ferrari, gerente nacional da Rics, uma associação profissional internacional fundada há 140 anos, reúne 188 mil membros, e chegou ao Brasil em 2011, destacou a importância do conhecimento sobre normas internacionais para atrair investidores estrangeiros.“As normas técnicas brasileiras são excelentes”, afirmou Márcia, para quem o conhecimento das normas internacionais abre a porta para que o profissional comece a conversar com outro tipo de investidor, aquele que se apoia nos critérios de avaliações segundo critérios internacionais e precisa confiar na segurança do investimento”.
Legislação
O deputado Luiz Pitimam (PSDB-DF), falou sobre a contribuição do Legislativo no processo de desenvolvimento da engenharia de avaliações Pitimam, confessando-se “integrado ao evento” por atuar na área da construção civil, afirmou que “a gestão publica tem tudo a ver com as dificuldades que o setor da construção civil passa”, e, na sequência, destacou os projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional e tratam da avaliação e perícia na área da engenharia.Segundo o parlamentar, “a manutenção predial se baseia num conjunto de leis estaduais e de projetos de lei de abrangência nacional que precisam ser aprovadas pela Câmara e Senado a fim de que as avaliações tenham mais segurança”. “A responsabilidade do avaliador está de acordo com o que é avaliado, e muitas vezes as avaliações envolvem riscos de vida e financeiros”, alertou Pitimam, que se lembrou de uma série de PLs que tratam de manutenção e inspeção predial, e solicitou apoio das entidades ligadas à área tecnológica para ajudar a agilizar a aprovação: “Peço ao ibape, ao Confea e ao Crea-DF que formem uma parceria para juntos vendermos esse desafio”.
Atento à fala de Pitimam, Arival Cidade, presidente do Ibape Nacional, agradeceu a atenção do parlamentar, mas alertou para a necessidade de que “as leis respeitem as normas técnicas”.O engenheiro Osório Gatto, ex-presidente do Ibape nacional, e Celso José Gonçalves abordaram a Avaliação de Intangíveis, e o também engenheiro Edson Garcia Bernardes tratou de avaliação de desequilíbrio econômico-financeiro.
Parcerias e reconhecimento
Sobre o II Seminário Nacional de Engenharia de Avaliações, o diretor geral da Mútua, no DF, Airton Ferreira Assis se disse “honrado em dizer que a Mútua é parceira para contribuir com eventos regionais ou nacionais que gerem conhecimento para os profissionais e com as entidades”.
Arival Cidade, por sua vez, falou da CEF: “parceira de longa data e que contribui na elaboração de normas”. Sem se esquecer da Mútua, na “fomentação de programas estaduais, o presidente do Ibape nacional tratou também da “troca de experiências que será profícua para a atividade de avaliações e perícias no Brasil”. Sobre a qualificação profissional e sobre a certificação dada pelo Ibape, Arival deu destaque especial ao papel desempenhado pelo presidente do Confea, eng. civil José Tadeu da Silva: “Somos a primeira entidade a promover a certificação. Esse programa sensibilizou o Confea na pessoa de José Tadeu da Silva, que já criou um grupo de trabalho para estender a certificação a outras atividades da engenharia brasileira”.
“À tarde, o engenheiro Antônio Sérgio Liporini fala sobre Planta de Valores Genéricos. O tema “Aspectos Polêmicos em Desapropriação de Imóveis” está sob a responsabilidade dos engenheiros Frederico Correia Lima, Robson Paes Loures, Octávio Galvão Neto, Marcelo de Camargo Lima e José Tarcísio Doubek, que encerram a programação.
Texto: do site do CONFEA
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