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ENGENHARIA SANITÁRIA EM SEU MELHOR MOMENTO

Fundamental para o desenvolvimento estrutural do país, a Engenharia Sanitarista comemora em 13 de julho o seu dia. Hoje mais conhecida como Engenharia Sanitária, ela vem ampliando seu alcance, de acordo com os novos tempos, em direção à Engenharia Ambiental. Mas tem sua própria marca, como o ramo da engenharia voltado ao saneamento básico e geral, incluindo o abastecimento e tratamento de água, esgoto e resíduos sólidos e líquidos. Tendo como patrono Francisco Rodrigues Saturnino de Brito (1864-1929) e outras importantes referências, lembradas pela presidente da Associação Brasileira da Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), eng. civil, Cassilda Teixeira de Carvalho, a maior parte de seus profissionais, cerca de 1700 registrados no Sistema Confea/Crea, ainda é de engenheiros civis com especialização em Engenharia Sanitarista. “Os cursos de graduação em Engenharia Sanitária começaram a ser criados apenas há poucos anos”, reforça. Cassilda informa ainda que a Abes possui representação em todos os estados, mas não tem informações sobre quantos cursos na área estão sendo desenvolvidos atualmente.
A presidente da Abes aponta que a permanência do termo “sanitarista” está relacionada à importância dos médicos sanitaristas, cuja atuação estava relacionada com a que se refere ao conceito da atividade, em torno de saneamento básico, água, esgoto e resíduos. “Existe uma ideia de que sanitário é focado em água e esgoto, e ambiental é mais amplo. Mas não é algo matemático. O engenheiro sanitarista também estuda a parte ambiental, a interface é muito grande”, considera Cassilda. Ela informa que a entidade que dirige reúne quase 10 mil profissionais. “Mas dela participam também profissionais de outras áreas, como biólogos, advogados, somos multidisciplinares”, diz, ressaltando também a grande participação dos técnicos e tecnólogos que, no Sistema Confea/Crea, reúnem 1455 técnicos em saneamento, 106 tecnólogos em saneamento e 1761 tecnólogos em saneamento ambiental.

MERCADO E DEMANDAS
Nomenclaturas à parte, o certo é que a Engenharia Sanitarista vive hoje seu melhor momento no país. “Hoje, o setor está muito aquecido. A categoria está toda empregada. Não existe engenheiro na nossa área fora do mercado de trabalho. Os investimentos mais que dobraram, nos últimos três anos. O grande problema é reciclar, fazer treinamento, capacitar”. Ela acrescenta que as principais carências de cobertura de saneamento estão no Centro-Oeste, Nordeste e Norte. “Água praticamente está universalizada nas regiões Sul e Sudeste. Esgoto também deve ser universalizado. Não faltam mais investimentos, nunca é 100 por cento, mas vem em um crescendo grande, com dificuldade até de aplicação dos recursos. O entrave é a falta de gestão, temos que inovar, fazer uma gestão de uma forma muito mais rápida. A mudança de cultura é muito lenta”.
Se o mercado está promissor, com investimentos recentes – da ordem de R$ 7 bilhões, segundo a Abes – do Plano de Aceleração do Crescimento I e II e ainda as atividades já implementadas do Plano de Saneamento Básico, das companhias estaduais, municipais, públicas e privadas, os déficits históricos da área continuam produzindo muitos danos sociais. “O maior problema que a gente tem é esgoto e lixo. Só metade da população brasileira urbana tem esgotamento sanitário. Dos 50% que possuem, só 40% é tratado. A proporção do lixo tratado é a mesma do esgoto”. Cassilda Teixeira lamenta que o Plano Nacional de Saneamento Básico ainda não esteja sendo totalmente implantado. “Há mais de um ano que ele estava pronto, mas o governo quis chegar a um consenso”. O quadro atual, segundo ela, poderia ser modificado em 10 anos, se o investimento fosse o dobro do atual, incluindo um regime diferencial de contratação, nos moldes dos modelos da Copa. “No ritmo em que está hoje, o saneamento só se resolverá em uns 40 anos”.

GESTÃO
Nomes como o paulista Azevedo Neto e os mineiros Lincoln Continentino e Ysnard Machado Ennes, além de Saturnino e do ex-presidente da Abes, Walter Pinto Costa, são citados por Cassilda como as grandes referências brasileiras da Engenharia Sanitarista. Nos seus 46 anos, a Associação, a principio focada na publicação de livros e realização de cursos, “vem crescendo muito tecnicamente e de forma institucional”. O mesmo acontece com a evolução da Engenharia Sanitarista que, segundo ela, observa o tratamento de água e esgoto sob outro viés. “O desenvolvimento tecnológico veio trazer outra maneira de lidar com a atividade, como em todas as engenharias. A grande diferença está em quem sabe fazer a gestão daquele serviço, e não mais em saber quem detém aquele conhecimento técnico. Tem que abrir os horizontes, para que o engenheiro tenha uma visão do processo, de como inovar”.
O problema da gestão do setor de saneamento foi incluído entre as deficiências em infraestrutura do Brasil pelo presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão, durante o seminário “Os novos paradigmas da engenharia brasileira”, promovido pelo jornal Valor Econômico no último dia 10/7, em Brasília. “Se o acesso ao saneamento fosse universal, seriam reduzidos muitos gastos da saúde”, ressaltou. O tema também esteve novamente próximo ao Conselho Federal de Engenharia e Agronomia durante a recente visita (4/7) do presidente do Confea, eng. civil José Tadeu, ao secretário executivo do Ministério das Cidades, Alexandre Cordeiro. “Os planos de saneamento para os municípios brasileiros vão gerar uma demanda significativa para os profissionais do Sistema”.
No início de maio, José Tadeu se reunira com outro representante do Ministério das Cidades para começar a traçar uma parceria entre as entidades. Anunciando investimentos da ordem de R$ 80 bilhões até 2015 no setor, o Secretário Nacional de Saneamento Ambiental, Leodegar da Cunha Tiscoski, comentou que a conclusão de 48% das obras do PAC I e II, desde 2007, vem antecipando as ações do Plano Nacional de Saneamento Básico. “Temos muitos recursos para investir em obras, mas temos também pouca gente qualificada para as pós-obras. Esta é uma das nossas maiores preocupações, por isso viemos propor uma parceria com o Confea, em que pudéssemos contar com o acompanhamento do corpo técnico do Conselho para alavancar a utilização destes recursos e, assim, ajudar a atender a demandas com saneamento nos municípios com mais de 50 mil habitantes”, convocou Leodegar. O presidente do Confea destacou que o país está reconhecendo cada vez mais a importância da engenharia e “o Confea não pode ser furtar a participar deste chamamento”.

EM:13/07/2012
POR: ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO E MARKETING DO CONFEA

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